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Foto autoral |
Semana passada coloquei a foto do livro Feios, do Scott Westerfeld no Instagram. Disse que vocês podiam esperar um "vale a pena ler", né? Então, aqui estou, no dia nacional do livro, e vou contar pra vocês tudo o que achei desse livro.
Comecei a lê-lo com pouca expectativa, e acho que isso contribuiu para que eu ficasse surpreendida. Simplesmente amei, e quero muito ler o segundo. Mas, primeiro, vejam a sinopse que retirei do Skoob:
Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá.
Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.
Bem, agora já posso falar o que achei: o livro é fantástico, a história foi bem desenvolvida e o autor conseguiu me deixar extremamente curiosa, querendo muito o próximo livro.
Confesso que cheguei a pensar que a sociedade construída desse modo seria algo bom. Vejam: uma sociedade onde não existe diferença, não existe discórdia. O problema é que sempre há falhas, não existe lugar perfeito. E, quando Shay descreveu a cirurgia para se tornar perfeito, percebi o quão doentio isso é. Mudar completamente uma pessoa, mudar tudo o que ela é. *A descrição de Shay está ali embaixo, a terceira citação.*
Outra coisa que gostei é que no livro, eles falam dos Enferrujados: nós. Também tem uma citação sobre isso ali embaixo. A sociedade encara os Enferrujados como burros, estúpidos, em vários aspectos. Primeiro: usavam recursos do meio ambiente para o benefício próprio, mas não davam a menor importância a ele. Segundo: era uma sociedade onde as pessoas matavam apenas por uns serem diferentes dos outros. Onde pessoas ficavam doentes para ter o corpo e a aparência perfeita.
Pensando bem, talvez sejamos realmente estúpidos...
Vemos a sociedade num ângulo totalmente novo, pelo menos para mim. Até mesmo a vida fora da cidade é diferente da que vivemos atualmente.
Acontecem reviravoltas na história, muitas vezes não conseguimos acreditar que tal coisa aconteceu.
Achei essa resenha um pouco vaga, mas tenho medo de falar muito e contar o que não devo, então, vou colocar os quotes pra vocês aqui embaixo:
" Não sabia que os Enferrujados usavam energia eólica - disse Tally, surpresa.
- Nem todos eram loucos. Só a maioria. Não se esqueça de que somos descendentes dos Enferrujados e ainda usamos parte de sua tecnologia. Alguns deles deviam pensar direito."
"O queixo de Tally caiu. Todo mundo fazia morfos, até as crianças, que, por serem muito novas, sequer tinham uma estrutura facial definitiva. Era um ótimo jeito de passar o dia: pensar em todos os visuais possíveis para quando você finalmente se tornasse perfeita."
" - Ou talvez, depois que eles quebram e esticam seus ossos até alcançar o formato ideal, depois arrancam seu rosto e raspam a pele, depois que enfiam maçãs do rosto plásticas na sua cara para que você fique igual a todo mundo... talvez, depois disso tudo, você simplesmente não seja mais tão interessante."
" Vistas à noite, as ruínas pareciam muito mais reais para Tally. Nas excursões da escola, os professores sempre retratavam os Enferrujados como estúpidos. Era quase impossível acreditar que as pessoas vivessem daquele jeito, queimando árvores para desocupar a terra, consumindo petróleo para gerar calor e energia, rasgando a atmosfera com suas armas."
Espero que vocês tenham ficado curiosos, pois é um livro que entrou na minha lista de favoritos, e recomendo muito!
Beijos *-*