10 de janeiro de 2016

Vale a pena ler: Julieta

Foto autoral

Sabe quando você lê um livro que você não consegue finalizar de jeito nenhum? E, de repente, você percebe que é porque seu subconsciente sabia que ele seria tão bom que você precisaria estar preparada para ler? Então, foi mais ou menos isso que aconteceu comigo, ao ler Julieta.


Citação de Shakespeare. Foto autoral.

Essa obra prima foi escrita pela Anne Fortier. Eu tenho uma quedinha por romances shakespearianos e tudo o que o envolve e foi isso que me fez comprar o livro, uns dois anos atrás. Ah, e também, é claro, o fato de o livro passar em duas épocas distintas: ambas em Siena, uma em 1340 e outra atualmente (que, acredito eu, deva ser 2009/2010). Eu já comecei a leitura várias vezes e empacava no quarto ou quinto capítulo. Então, depois de ler resenhas e um comentário positivo sobre ele nesta publicação, eu resolvi me forçar a lê-lo. E, sério, como não li isso antes?
Bom, primeiro de tudo, vamos à sinopse.
Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro.


Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei.

A carta diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena.

Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos – um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas começando.

O diário conta uma história trágica: há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias.
E, levando-se em conta a linhagem e o nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais perigo.
Instigante, repleto de romance, suspense e reviravoltas, Julieta – livro de estreia de Anne Fortier – nos leva a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para ela: o amor.


Lombada. Foto autoral.

Da história... 

Julie Jacobs é uma pacifista meio hippie que passa os verões sendo diretora de teatros infantis em colônias de férias dedicadas a Shakespeare. E é num desses que ela está quando descobre que tia Rose morreu. Como diz na sinopse, Julie parte para Siena em busca de seu tesouro, até porque, não via a hora de esfregar isso na cara da irmã que se gabava por ter herdado a fortuna de tia Rose. Aliás, Janice (a irmã) é tão intragável que meu Deus! Eu odiava quando ela aparecia na história. Não dá pra gostar dela de início. Enfim, durante a viagem ela conhece Eva Maria - uma ricaça boa pinta e toda espalhafatosa que logo gruda em Julie - e, assim que chegam à Itália, o afilhado dela, Alessandro Santini. O cara é gato, porém, é tão grosso e arrogante que nem deixa Julie se aproximar. E pior, Julie sempre acaba se aproximando.
Em meio a essa amizade maluca e um tanto suspeita, Julie começa a ler os papéis encontrados na caixa de sua mãe e a traçar uma ligação entre Siena de 1340 e a sua vida, descobrindo coisas sobre seus antepassados, mistérios e segredos que não se perderam com o tempo. Tudo isso para encontrar o tal tesouro. Porém, as coisas começam a ficar sérias e talvez haja mais em jogo do que uma simples fortuna. É tanta reviravolta, tantas coisas que deixam de ser o que eram e outras que mudam de repente, que a gente fica sem fôlego e não consegue parar de ler. Ah, e para quem está se perguntando, sim, Siena de 1340 narra a história de Romeo e Giulietta - não o Montéquio e a Capuleto, mas o Marescotti e a Tolomei. É toda a história que nem Shakespeare se atreveu a contar. No fim de tudo, será que Julie conseguiu seu tesouro? Ou, melhor, será que nossa Giulietta conseguiu (finalmente) encontrar seu Romeo? Só lendo para descobrir. ;) haha


Informações técnicas

O livro é lindo. Gostoso de pegar, é pesado de um jeito agradável. São 444 páginas, sendo 441 de história. Todos os capítulos começam com uma citação de Romeu e Julieta (de Shakespeare) e na maior parte do livro são alterados entre atualmente e 600 anos antes. Na capa, tudo remete à coisas antigas, desde a fonte adornada até as cores que mesclam o vinho e o bege: vinho da rosa e bege do pergaminho (eu acho que é um pergaminho) com uma cidade ao fundo que, acredito eu, seja Siena. O título do livro está em relevo e todo mundo sabe que eu adoro. Apesar das cores e da fonte, eu acho a capa bem simples e elegante, passando exatamente o que o livro quer passar. 


Capa. Foto autoral.
Citação de Romeu e Julieta em cada capítulo. Foto autoral.

A única coisa que sempre me chama a atenção de forma negativa é a passagem do pergaminho para a rosa, que parece muito com uma montagem que não deu certo - tipo as que eu fazia no photoshop uns anos atrás. Fora isso, é muito bonita e a cara do livro. As letras no texto não são nem pequenas, nem grandes, o que dá muita história para uma página, mas isso não atrapalha na leitura, além do texto ser justificado. Ah, e as páginas são amareladas. Outra coisa interessante é que Anne Fortier, a autora, é doutora em História das Ideias. Achei o máximo essa área! 

Em suma, o livro é maravilhoso, surpreendente e de tirar o fôlego! Vale MUITO a pena a leitura e eu recomendo mesmo para todo mundo. Principalmente pra quem gosta de romances históricos, com mistérios e maldições. 
Alguém já leu esse livro e compartilha dessa opinião? Ou tem uma opinião diferente? Vamos conversar, quero saber!
Beijos e até terça <3 

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Tema Base por Butlariz . Edições feitas por Mariana Fialho. Tutoriais utilizados dos blogs ButLariz, Cherry Bomb, Elaine Gaspareto e Follow Your Dreams